quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dificuldades de Aprendizagem






Na escola, são muitas vezes rotulados de "preguiçosos", pois trocam as letras, tropeçam na leitura, baralham-se nas contas e apresentam um défice de concentração. Saiba que os problemas de aprendizagem podem ter inúmeras causas que importa identificar para poder tratar.




Para uma criança que inicia a sua aprendizagem, ler, escrever, calcular, colocam à prova capacidades que até então não estavam necessariamente em evidência.

O que para umas parece fácil, para outras pode constituir um desafio difícil de superar: letras e números revelam-se verdadeiros obstáculos, travando-as no desempenho escolar mas também na inserção social. São crianças com uma dificuldade de aprendizagem.

O que acontece nestes casos é que existe uma discrepância acentuada entre aquilo que se espera delas e a sua realização escolar, mas que nada tem a ver com uma disfunção física, associada por exemplo a um défice de visão ou audição, e também nada tem a ver com inteligência. As crianças com dificuldades de aprendizagem são tão inteligentes como as demais. O que têm é um problema que interfere com algumas das suas capacidades de ordem neurológica que interferem com a receção, integração e expressão da informação.

Não existe um único sinal claro e irrefutável que permita identificar as dificuldades de aprendizagem. Existem apenas pistas, cuja presença deve funcionar como um alerta, levando pais e professores a unir esforços que permitam um diagnóstico e uma estratégia consequente.

Entre os sinais mais evidentes encontra-se a dificuldade em aprender o alfabeto, em organizar palavras e em associar as letras aos respectivos sons. Também é frequente que a criança cometa erros quando lê em voz alta, tendo necessidade de repetir as palavras ou de fazer pausas frequentes.

Pode ainda não compreender o que está a ler e apresentar dificuldades em soletrar as palavras. Ou confundir os números e outros símbolos matemáticos.

É comum que uma criança com dificuldades de aprendizagem tenha limitações quando se trata de expressar por escrito as suas ideias, o que muitas vezes coincide com uma escrita atabalhoada e um modo incorreto de segurar o lápis ou a caneta.

Problemas em organizar o pensamento e em encontrar a palavra certa para o que quer dizer ou escrever são outros dos sinais a considerar, o mesmo acontecendo com dificuldades na pronúncia ou o uso inapropriado de palavras com sons semelhantes.

No que toca ao uso social da linguagem, a criança enfrenta dificuldades acrescidas, parecendo, por exemplo, incapaz de perceber uma piada ou uma ironia, ou revelando-se inapta para respeitar as regras de uma conversação, nomeadamente no que toca a esperar pela sua vez de falar.


O que são?

Quando se fala em dificuldades de aprendizagem não se fala numa única condição, mas sim num conjunto de caraterísticas que se manifestam de forma diferente em diferentes pessoas.

Em regra, consideram-se quatro situações: dislexia, disgrafia, discalculia e dispraxia.


A dislexia é porventura a mais comum e mais conhecida das situações que provocam dificuldades na aprendizagem. Corresponde a uma dificuldade em processar a linguagem que afecta sobretudo a leitura e a escrita. Já a disgrafia envolve mais em concreto a expressão escrita, traduzindo-se, por exemplo, numa letra ilegível e na dificuldade em organizar ideias. Quanto à discalculia, prende-se com a matemática, evidenciando-se na dificuldade em memorizar e organizar os números, bem como em apreender conceitos como o tempo e o dinheiro. Finalmente, a dispraxia está relacionada com as capacidades motoras, com a criança a apresentar dificuldade em coordenar os chamados movimentos finos - agarrar num lápis para desenhar ou numa tesoura podem ser tarefas árduas.Esta disfunção pode igualmente envolver a articulação de sons, na medida em que pode haver dificuldade de organizar os movimentos implicados na fala, como os da língua.

As dificuldades de aprendizagem não constituem uma doença, mas são para a vida. Não desaparecem, assim como, não impedem a criança, e mais tarde o adulto, de alcançar os seus objectivos. Com o devido apoio, é possível ultrapassar os desafios que se colocam quando se vive a braços com tais dificuldades. Basta lembrar que Einstein tinha esse problema.

Com a ajuda de pais e professores, e muito trabalho, uma criança pode ser bem sucedida na aprendizagem, contornando as dificuldades. Uma vez confirmada a existência de uma ou mais destas dificuldades, pais e professores devem assumir a tarefa de se informarem, porque, informados, poderão e saberão ajudar melhor. E assim fazer toda a diferença na vida da criança.

Nas nossas escolas existe uma sensibilidade crescente para estes casos, muito embora nem sempre os professores estejam preparados para lidar com a diferença. Contudo, importa adoptar estratégias de ensino que permitam atenuar a discrepância entre aquela criança e os demais alunos, bem como reduzir o fosso entre o que a criança consegue aprender e aquilo que, na realidade, aprende.

Atenção Redobrada

Uma criança com dificuldades de aprendizagem tem uma necessidade educativa especial. E requer uma intervenção específica que pode passar, nomeadamente, por dispor de mais tempo para realizar as tarefas ou de realizá-las faseadamente, de modo a assimilar as diferentes instruções. Em casa, a criança pode necessitar também de mais tempo para realizar os trabalhos, pelo que esta deve ser uma prioridade no final das aulas.
E por cada tarefa concluída com sucesso, um elogio é sempre bem recebido, permitindo acalmar os sentimentos de frustração que naturalmente emergem desta dificuldade.

A frustração é, aliás, um sintoma que deve merecer a máxima atenção dos adultos. É que não ser capaz de expressar as suas ideias, traduzindo-as em palavras orais ou escritas, não ser capaz de desempenhar algumas tarefas, ter dificuldades em perceber o que os outros dizem ou em integrar-se numa conversa pode ser frustrante. No grupo de pares, estas dificuldades nem sempre são percebidas, pelo que a criança pode ser vítima de brincadeiras de mau gosto.



Uma criança com dificuldades de aprendizagem precisa de muito apoio para superar a diferença. Mas não é uma criança condenada ao insucesso: apenas precisa de se esforçar mais.




Não se devem tratar as dificuldades de aprendizagem como se fossem problemas impossíveis de resolver. Mas antes, como desafios que fazem parte do próprio processo da aprendizagem.

Artigo retirado e adaptado do site:

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O som [s]

 

Um dos sons mais complicados de se escrever é o som [s], porque podemos escrevê-lo de várias formas. Mas, para facilitar as coisas, pode ser criada uma regra que serve para a maioria das palavras.

A saber:




O som [s] escreve-se com:
s - depois de uma consoante     Ex: cansado
c - antes de e ou i             Ex: certeza; cigarra
ç - antes de a, o ou u          Ex: palhaço; poço; açúcar
ss - no meio de vogais          Ex: missa

Este som pode ainda ser escrito com a letra x, como em aproximar, porém neste caso não existe nenhuma regra, por isso, teremos de saber estas palavras de memória.

Ficam aqui dois exercícios em que podem aplicar os novos conhecimentos.





Exercício 2



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Rapaz que Sabia Acordar a Primavera

Uma das minhas grandes paixões, descoberta recentemente...
os contos e histórias infantis!

Este é um pequeno vídeo com uma pequena história que poderá ser mostrada a alunos e filhos!

Aqui fica o link...

http://vimeo.com/28611253

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Hades vs Hás de

Um erro muitas vezes cometido por pequenos e graúdos é o "hades" em vez do hás de.

Quantas e quantas vezes ouvimos dizer: "*hádes" cá vir?!

Pois bem, espero que esta explicação ajude a erradicar este erro da língua portuguesa!

Hades era um deus grego.

"Hás de cá vir!" é a expressão correcta!

Hás de é uma ligação da preposição de com a forma monossilábica (uma sílaba) do presente do indicativo do verbo haver. Até à entrada do novo acordo ortográfico esta ligação era escrita com hífen (vulgarmente chamado de tracinho). Com a nova grafia (forma de escrever) este hífen caiu. O mesmo aconteceu com as outras formas verbais do presente do indicativo do verbo haver.

hei-de --> hei de
hão-de --> hão de
há-de --> há de
heis-de --> heis de

Para ajudar a decorar melhor esta regra lembrem-se sempre:

Hades era o deus grego do submundo!


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

à ou há ou ah!

À partida pode ser difícil distinguir estas três maneiras de escrever o mesmo som, mas no fundo é muito simples, basta estarmos atentos ao contexto em que as usamos.

O é uma forma verbal do verbo haver, e é utilizado em situações que envolvem tempo

Exemplos:
  muito tempo que não visito os meus avós.
No verão fui ao Alentejo, muito tempo que não lá ia.

O ah! é utilizado quando pretendemos expressar uma admiração.
Exemplos:
Ah, que sitio tão giro!
Ah, o Sporting ganhou!

O à é a contração da preposição a com o artigo definido a. Vamos ver no exemplo para facilitar as coisas.

O António foi à escola. 
Esta frase poderia ser da seguinte forma: O António vai a (preposição) a (artigo definido) escola
O que aconteceu foi que se juntaram os dois a da frase e surgiu o à.

o acento do à (acento grave) é utilizado somente nestas palavras:
  • à
  • às
  • àquele
  • àqueles
  • àquela
  • àquelas
  • àquilo
Por isso, não se deixem enganar, o "á" não existe!!!




terça-feira, 13 de setembro de 2011

...esa ou ...eza?

Esta explicação serve para ajudar uma dificuldade muito comum, não só nas crianças, mas também em muitos adultos que hesitam sempre quando têm de escrever palavras com este som.

Escrevemos com "esa" quando as palavras indicam nacionalidade (ex: portuguesa; francesa) e título (duquesa).

Usamos "eza" quando a palavra primitiva é um adjectivo, ou seja, palavras que indicam qualidades.

certo - certeza; belo - beleza; limpo - limpeza;

Existem dois títulos que se escrevem com "eza", porque a palavra primitiva é um adjectivo (qualidade).
Nobreza que tem origem em nobre e alteza que surge a partir de alto.

Daqui a algum tempo colocarei alguns exercícios para aplicação destas regras.
Espero que tenha sido útil.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Escreve-se com "O" ou com "U"?

Esta explicação surge no seguimento de um comentário que recebi sobre o "O" mentiroso.

Mentiroso é um nome que professores chamam às vogais que possuem mais de que um som, como por exemplo a letra E. Ela pode ter dois sons, |e| e o som |i|.
 O caso da letra O é  mais complicado para as crianças, levando-as a escrever algumas palavras de forma incorreta.

Vou deixar aqui algumas regras para as poderem ajudar.

Regra 1 - No inicio da palavra o som |u| escreve-se sempre com a letra U.

Regra 2 - Quando o som |u| aparece no meio das palavras, se o som estiver na sílaba tónica (a mais forte), escrevemos com a letra U, se não for assim, escreve com a letra O.

Estas duas regras servem para a maioria dos casos, mas há algumas exceções.

Espero que ajude.
Se tiverem mais alguma dúvida, não hesitem, perguntem. Prometo fazer de tudo para responder a todas as questões que me forem colocadas.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Uma nova aventura...

Começa hoje uma nova aventura...
Este blogue servirá para alimentar a minha página no facebook.
Irá ter algumas notícias sobre educação, algumas opiniões, alguns materiais, alguns desafios, enfim, terá um pouco de tudo.
O objetivo é dar a conhecer o meu trabalho, a forma como ajudo as crianças a aprender.
Espero que gostem.